A adenosina atua sobre os receptores de adenosina (A1 e A2) presentes no miocárdio, causando hiperpolarização das células e diminuição da condução através do nó atrioventricular (AV). Isso resulta em uma interrupção temporária da condução AV, o que pode reverter arritmias supraventriculares paroxísticas.
Propriedades Farmacocinética e Farmacodinâmica
Tempo de Início de Ação: 20 a 30 segundos
Tempo de Efeito Máximo: 20 a 30 segundos
Duração do Efeito: Menos de 1 minuto
Absorção: Administração intravenosa rápida
Distribuição: Distribuição rápida no tecido corporal
Metabolismo: Metabolizada rapidamente pela adenosina desaminase em eritrócitos e células endoteliais
Excreção: Metabólitos são excretados principalmente na urina
Apresentação/Formulação
Solução injetável em ampolas
Diluição/Preparo
A adenosina deve ser administrada como uma injeção rápida em bolus intravenoso, seguida imediatamente por uma lavagem com solução salina.
Indicações Clínicas e Dosagem
Adultos:
Via Intravenosa: Dose inicial de 6 mg em bolus rápido, seguida por 12 mg se necessário. Se a arritmia não for revertida, uma dose adicional de 12 mg pode ser administrada.
Crianças:
Via Intravenosa: Dose inicial de 0,1 mg/kg em bolus rápido (máximo de 6 mg), seguida por 0,2 mg/kg (máximo de 12 mg) se necessário.
Efeitos Adversos
Rubor facial
Dispneia
Dor torácica
Hipotensão
Náusea
Palpitações
Bradicardia
Ajustes para Comorbidades e Considerações Especiais
A adenosina deve ser usada com cautela em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ou asma devido ao risco de broncoespasmo. Monitoramento contínuo do ECG é necessário durante a administração.
Referências Bibliográficas
Goodman & Gilman's: The Pharmacological Basis of Therapeutics, 13ª edição, 2018
Brunton LL, Chabner BA, Knollmann BC. As Bases Farmacológicas da Terapêutica de Goodman & Gilman, 12ª edição, 2012
Katzung BG, Trevor AJ. Farmacologia Básica e Clínica, 14ª edição, 2018