Adrenalina
Nome Comercial
Epinefrina, Adrenalin, Epipen
Grupo/Classe
Agonista adrenérgico, Catecolamina
Mecanismo de Ação
A adrenalina atua em receptores adrenérgicos alfa e beta, causando vasoconstrição periférica (alfa-1), aumento da frequência cardíaca, contratilidade e condução cardíaca (beta-1) e broncodilatação (beta-2). É utilizada principalmente para o manejo de reações anafiláticas, parada cardíaca e como adjuvante em anestesias locais.
Propriedades Farmacocinética e Farmacodinâmica
- Tempo de Início de Ação: Imediato (IV), 5-10 minutos (IM)
- Tempo de Efeito Máximo: 20 minutos (IV), 30 minutos (IM)
- Duração do Efeito: 20 a 30 minutos (IV), 1 a 4 horas (IM)
- Absorção: Rápida após administração intramuscular ou subcutânea
- Distribuição: Ampla distribuição pelo corpo, atravessa a placenta e é metabolizada no fígado
- Metabolismo: Hepático, principalmente pela monoamina oxidase (MAO) e catecol-O-metiltransferase (COMT)
- Excreção: Urinária, principalmente como metabólitos inativos
Apresentação/Formulação
Solução injetável, autoinjetores, nebulização
Diluição/Preparo
Para uso intravenoso, a adrenalina deve ser diluída em solução salina ou dextrose conforme orientação do fabricante. Em emergências, pode ser administrada sem diluição em doses apropriadas.
Indicações Clínicas e Dosagem
- Adultos:
- Anafilaxia (IM): 0,3 a 0,5 mg a cada 5 a 15 minutos conforme necessário
- Parada Cardíaca (IV): 1 mg a cada 3 a 5 minutos durante a RCP
- Broncoespasmo (Nebulização): 0,5 ml de solução a 1% em 3 ml de salina, repetir conforme necessário
- Crianças:
- Anafilaxia (IM): 0,01 mg/kg (máximo de 0,3 mg) a cada 5 a 15 minutos conforme necessário
- Parada Cardíaca (IV): 0,01 mg/kg a cada 3 a 5 minutos durante a RCP
- Broncoespasmo (Nebulização): 0,01 ml/kg de solução a 1% em 3 ml de salina, repetir conforme necessário
Efeitos Adversos
- Palpitações
- Tremores
- Ansiedade
- Hipertensão
- Arritmias cardíacas
- Isquemia miocárdica
Ajustes para Comorbidades e Considerações Especiais
Usar com cautela em pacientes com doença cardiovascular, hipertensão, diabetes, hipertiroidismo e em idosos. Monitorar a função cardiovascular e ajustar a dosagem conforme necessário. Evitar administração repetida sem intervalos adequados devido ao risco de efeitos adversos graves.
Referências Bibliográficas
- Goodman & Gilman's: The Pharmacological Basis of Therapeutics, 13ª edição, 2018
- Brunton LL, Chabner BA, Knollmann BC. As Bases Farmacológicas da Terapêutica de Goodman & Gilman, 12ª edição, 2012
- Katzung BG, Trevor AJ. Farmacologia Básica e Clínica, 14ª edição, 2018
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