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Clindamicina

Clindamicina

Nome Comercial

Dalacin, Clindoxyl, Clinacin

Grupo/Classe

Antibiótico (Lincosamida)

Mecanismo de Ação

A Clindamicina atua ligando-se à subunidade 50S do ribossomo bacteriano, inibindo a síntese de proteínas essenciais ao crescimento bacteriano. É principalmente bacteriostática, mas pode ser bactericida em concentrações elevadas contra organismos muito sensíveis.

Propriedades Farmacocinética e Farmacodinâmica

  • Tempo de Início de Ação: 30 a 60 minutos após administração oral
  • Tempo de Efeito Máximo: 1 a 3 horas
  • Duração do Efeito: 6 a 8 horas
  • Absorção: Bem absorvida após administração oral, com biodisponibilidade de cerca de 90%
  • Distribuição: Distribui-se amplamente pelos tecidos, exceto no cérebro e LCR; atravessa a placenta e é excretada no leite materno
  • Metabolismo: Metabolizada no fígado, com metabolitos ativos e inativos
  • Excreção: Principalmente renal (10%) e fecal (3,6%); meia-vida de eliminação de aproximadamente 2 a 3 horas

Apresentação/Formulação

Cápsulas, solução oral, solução injetável, gel tópico, creme vaginal, supositório vaginal.

Diluição/Preparo

A solução injetável deve ser diluída em solução de cloreto de sódio 0,9% ou solução de glicose 5%, conforme orientação do fabricante. A administração deve ser lenta para evitar reações adversas.

Indicações Clínicas e Dosagem

Adultos

  • Infecções graves: 150 a 450 mg via oral a cada 6 horas
  • Infecções muito graves: 600 mg via oral a cada 8 horas ou 600 a 900 mg intravenosa a cada 8 horas

Crianças (acima de 1 mês)

  • Infecções graves: 8 a 16 mg/kg/dia divididos em 3 a 4 doses iguais
  • Infecções muito graves: 16 a 20 mg/kg/dia divididos em 3 a 4 doses iguais

Recém-nascidos

  • Primeira semana de vida: 5 a 20 mg/kg/dia divididos em 2 doses iguais
  • Acima de uma semana: 10 a 30 mg/kg/dia divididos em 3 a 4 doses iguais

Efeitos Adversos

  • Diarreia, incluindo colite pseudomembranosa
  • Náusea e vômito
  • Rash cutâneo
  • Prurido
  • Reações alérgicas graves (anafilaxia)
  • Aumento das enzimas hepáticas
  • Superinfecções

Ajustes para Comorbidades e Considerações Especiais

Em pacientes com insuficiência hepática grave, a dose de clindamicina deve ser ajustada. Monitorar a função hepática e renal em uso prolongado. A clindamicina deve ser usada com cautela em pacientes com histórico de colite, especialmente colite associada a antibióticos.

Interações Medicamentosas

A clindamicina pode potencializar os efeitos dos bloqueadores neuromusculares. Evitar o uso concomitante com eritromicina devido à antagonização do efeito. Monitorar pacientes em uso de ciclosporina devido à possível redução dos níveis séricos de ciclosporina.

Referências Bibliográficas

  • Goodman & Gilman's: The Pharmacological Basis of Therapeutics, 13ª edição, 2018
  • Katzung BG, Trevor AJ. Farmacologia Básica e Clínica, 14ª edição, 2018
  • Uptodate. "Clindamycin: Drug information." Acesso em 2024.
  • Micromedex. "Clindamycin." Acesso em 2024.

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