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Dobutamina

Dobutamina

Nome Comercial

Dobutrex

Grupo/Classe

Agonista β-adrenérgico

Mecanismo de Ação

A Dobutamina é um agonista seletivo dos receptores β1-adrenérgicos com efeitos inotrópicos positivos. Ela aumenta a contratilidade do miocárdio e o débito cardíaco, com efeitos mínimos nos receptores α e β2-adrenérgicos, resultando em pouca alteração na resistência vascular periférica.

Propriedades Farmacocinéticas e Farmacodinâmicas

  • Tempo de Início de Ação: 1 a 2 minutos
  • Tempo de Efeito Máximo: 10 a 20 minutos
  • Duração do Efeito: Curta, necessitando de infusão contínua
  • Meia-Vida de Eliminação: Aproximadamente 2 minutos
  • Metabolismo: Hepático, principalmente por conjugação
  • Excreção: Urinária, principalmente como metabólitos inativos

Apresentação/Formulação

Solução injetável para infusão intravenosa.

Diluição/Preparo

A solução de Dobutamina deve ser diluída em solução de dextrose 5%, solução salina normal ou solução de Ringer lactato. A concentração final geralmente é de 250 mg em 500 ml (500 mcg/ml), mas pode variar conforme a necessidade clínica.

Indicações Clínicas e Dosagem

Adultos

  • Insuficiência Cardíaca Aguda: Dose inicial de 2-3 mcg/kg/min, titulação até 20 mcg/kg/min conforme a resposta clínica. Doses acima de 20 mcg/kg/min podem ser usadas em casos refratários, sob monitorização rigorosa.
  • Choque Cardiogênico: Dose inicial de 5 mcg/kg/min, titulação até 20 mcg/kg/min conforme a resposta hemodinâmica.

Crianças

  • Insuficiência Cardíaca: Dose inicial de 0.5-1 mcg/kg/min, podendo ser titulada até 15 mcg/kg/min conforme a resposta clínica.

Efeitos Adversos

  • Taquicardia
  • Arritmias
  • Hipertensão
  • Angina
  • Reações locais no local de infusão

Ajustes para Comorbidades e Considerações Especiais

Em pacientes com insuficiência cardíaca crônica, a titulação deve ser feita de forma mais gradual. Monitorização contínua da pressão arterial, frequência cardíaca e eletrocardiograma é essencial durante a administração de Dobutamina. Em pacientes com doença arterial coronariana, a dose deve ser ajustada para evitar exacerbação da angina.

Referências Bibliográficas

  • UoToDate. "Dobutamine: Drug Information." Disponível em: UoToDate
  • Manual de Farmacologia e Fisiologia na Prática Anestésica. 1ª edição, 2020
  • Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK. Clinical Anesthesia. 8ª edição, 2017
  • SAESP - Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo. "Diretrizes para o uso de Dobutamina em Anestesiologia." 2019
  • SBA - Sociedade Brasileira de Anestesiologia. "Manual de Anestesia Clínica." 6ª edição, 2021
  • Manica JL. "Farmacologia Aplicada à Anestesiologia." 3ª edição, 2022

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