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Efedrina

Efedrina

Nome Comercial

Injectio Ephedrina, Bronkaid, Primatene

Grupo/Classe

Agonista Adrenérgico, Simpaticomimético

Mecanismo de Ação

A efedrina é um agente simpatomimético que age diretamente nos receptores adrenérgicos alfa e beta, e indiretamente liberando norepinefrina das terminações nervosas. Isso resulta em aumento da liberação de norepinefrina e estímulo direto dos receptores adrenérgicos, levando a efeitos como aumento da frequência cardíaca, vasoconstrição e broncodilatação.

Propriedades Farmacocinética e Farmacodinâmica

  • Tempo de Início de Ação: 10 a 20 minutos (intramuscular/subcutâneo); imediato (intravenoso)
  • Tempo de Efeito Máximo: 20 a 60 minutos
  • Duração do Efeito: 1 a 4 horas
  • Absorção: Bem absorvida por via intramuscular e subcutânea
  • Distribuição: Volume de distribuição de aproximadamente 3 L/kg
  • Metabolismo: Parcialmente hepático, com metabolismo pelas enzimas monoamina oxidase (MAO) e catecol-O-metiltransferase (COMT)
  • Excreção: Principalmente urinária, como droga inalterada e metabólitos

Apresentação/Formulação

Injeção (solução), comprimidos, cápsulas.

Diluição/Preparo

A solução injetável deve ser diluída em solução salina 0,9% ou dextrose 5% para administração intravenosa lenta ou infusão contínua, conforme orientação do fabricante e protocolos institucionais.

Indicações Clínicas e Dosagem

  • Adultos:
    • Hipotensão Perioperatória:
      • Bolus Intravenoso: 5 a 10 mg, repetido conforme necessário a cada 3 a 4 minutos até um máximo de 50 mg
      • Infusão Contínua: 0,1 a 0,5 mg/min, ajustando conforme resposta hemodinâmica
    • Asma Brônquica:
      • Via Oral: 12,5 a 25 mg a cada 4 horas, não excedendo 150 mg/dia
  • Crianças:
    • Hipotensão Perioperatória:
      • Bolus Intravenoso: 0,1 a 0,2 mg/kg, não excedendo 10 mg por dose, repetido conforme necessário
      • Infusão Contínua: 0,1 a 0,2 mg/min, ajustando conforme resposta hemodinâmica

Efeitos Adversos

  • Hipertensão
  • Taquicardia
  • Ansiedade
  • Tremores
  • Insônia
  • Palpitações
  • Raramente, efeitos cardíacos graves como arritmias

Ajustes para Comorbidades e Considerações Especiais

Pacientes com hipertensão, doença cardiovascular, diabetes mellitus e hipertireoidismo devem usar efedrina com cautela. Ajustes de dose podem ser necessários em pacientes com comprometimento renal ou hepático. Monitorar a pressão arterial e a frequência cardíaca durante o uso.

Referências Bibliográficas

  • UpToDate. Efedrina: Informações sobre o uso, farmacologia e monitoramento.
  • Manual de Farmacologia e Fisiologia na Prática Anestésica, 7ª edição, 2020
  • Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK. Manual de Anestesia Clínica, 8ª edição, 2017
  • Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA). Diretrizes para o uso de agentes simpaticomiméticos.
  • Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo (SAESP). Protocolos de manejo perioperatório, 2021
  • Manica, T. Farmacologia Clínica e Terapêutica, 5ª edição, 2019

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